Conselho Universitário da UEL aprova criação do Departamento de Geologia e Geomática
A criação do Departamento vai fortalecer a pesquisa acadêmica e, também, aumentar a capacidade técnica de prestação de serviços em uma área que ainda carece de profissionais e é considerada estratégica para o desenvolvimento nacional.
O Conselho Universitário da Universidade Estadual de Londrina (UEL) aprovou a criação do Departamento de Geologia e Geomática, no Centro de Ciências Exatas (CCE), por meio da resolução Nº 017/2022. A criação do Departamento, uma demanda que começou a ser avaliada há dois anos, recebeu apoio externo de entidades como a Sociedade Brasileira de Geologia (SBG) e da Federação Brasileira dos Geólogos (Febrageo).
Um dos principais objetivos é fortalecer a pesquisa acadêmica e, também, aumentar a capacidade técnica de prestação de serviços em uma área que ainda carece de profissionais e é considerada estratégica para o desenvolvimento nacional.
Segundo o professor José Paulo Pinese, do Departamento de Geociências/CCE, vão compor o Departamento onze professores que atuavam no Departamento de Geociências. O professor também avalia aumentar a captação de recursos para a universidade, em especial os oriundos de convênios com empresas privadas.
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O novo Departamento vem também para preencher um “vazio” nas áreas de Geologia e Geomática na região Sul e Sudeste, como explica o professor.
“Temos um curso de Geologia na Universidade Federal do Paraná somente. Em Santa Catarina, foram autorizados um novo Departamento e um curso. No Rio Grande do Sul, houve a criação de mais dois, isso tudo nos últimos dez anos”, afirmou.
Na UEL, o próximo passo é a criação de um curso de graduação em Geologia, além de especializações nas áreas.
Pinese explica que a profusão de cursos de Geologia na última década tem como grande motivador a descoberta do petróleo na camada do pré-sal, que movimentou o setor petroleiro no Brasil em 2006, quando foi anunciada pela Petrobras. Parte da Bacia de Santos está localizada no litoral paranaense, o que trouxe, inclusive, uma fatia dos royalties da extração para o Estado. “Com essa descoberta, é necessário investir em formação de mão de obra técnica”, avaliou.
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Outras demandas, ainda no que se refere à mineração, que incluem também materiais para a construção civil e argilas cerâmicas, são a extração de águas subterrâneas (mecanismo importante para evitar situações de crise hídrica com a baixa dos rios) e, também, as relativas ao georreferenciamento e delimitações de territórios rurais e urbanos. “As águas subterrâneas, ou água mineral, estão no interior de rochas, então é necessário toda a expertise da área da Geologia e Geomática para a extração”, explicou o professor.
Será possível ainda, com a ampliação da área na universidade, investir na criação de laboratórios para diferentes finalidades que abranjam a geodiversidade regional. Um dos focos pode ser a indústria joalheira, para a identificação e classificação de gemas (minerais preciosos).
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MUSEU DE GEOLOGIA – Com a criação do Departamento e, posteriormente, do Curso de Geologia, o Museu de Geologia da UEL deve receber investimentos e ser ampliado. A intenção é que o espaço seja utilizado tanto como laboratório para os estudantes do curso como também para estudantes dos níveis básicos, via projetos de extensão universitária. “Pretendemos ampliá-lo com a exposição de rochas, minerais e fósseis. A captação de recursos também deve vir de convênios com empresas”, disse Pinese.
O trâmite para a criação do Curso de Geologia na UEL deve ocorrer no segundo semestre deste ano.
Fonte; AEN