SIMA se pronuncia sobre os Decretos de fechamento

O SIMA – Sindicato Das Indústrias De Móveis De Arapongas se pronuncia no marco da crise “Coronavírus” e lança um apelo para as autoridades para que as normas sobre o fechamento dos estabelecimentos sejam novamente avaliadas com a cautela técnica necessária.

Reconhece que varias industrias afiliadas ao SIMA já suspenderam suas atividades através de férias coletivas e outras decorrente de decretos municipais. A perspectiva de suspensão de atividades de outras empresas é eminente tendo em consideração o cancelamento dos pedidos pelo comercio varejista.

O Sindicato teme por um colapso do seguimento moveleiro caso exista a manutenção do fechamento do comercio entre outros parceiros comerciais como por exemplo a indústria de acessórios.

A instituição defende a abertura com procedimentos rígidos para os grupos de risco e penalidades para quem descumprir normas sanitárias.

Veja na íntegra o pronunciamento através do Ofício 073AB/20 de 26 de março de 2020.    

SIMA – SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE MÓVEIS DE ARAPONGAS

Oficio 073AB/20           Arapongas-Pr, 26 de março de 2020

Desde o início da epidemia do coronavírus, as empresas associadas ao Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (SIMA) vem trabalhando com afinco na adoção de medidas visando minimizar o risco de contágio para os funcionários que compõem o grupo de risco. Idosos, gestantes, e pessoas com doenças pré-existentes foram afastados do trabalho. Além disso, a intensificação das medidas de higiene, o rápido afastamento de quem tem sintomas de gripe, e a conscientização geral, são medidas que também já foram tomadas para proteger os funcionários que permanecem trabalhando.

Algumas indústrias sediadas nos municípios que compõem a base territorial do SIMA ainda estão operando. Outras, já suspenderam suas atividades através de férias coletivas, ou devido à edição de decretos dos seus Prefeitos. Mas, as empresas que ainda estão funcionando, também já anunciaram férias para os próximos dias, pois tiveram todos os seus pedidos de venda cancelados.

O fluxo diário de recebimentos dos seus títulos está tendo queda de mais de 90%, porque grande parte dos clientes não está mais conseguindo honrar seus compromissos. A maioria destes clientes são empresas de pequeno porte, pequenas lojas familiares de todo o Brasil que não tem solidez financeira para suportar uma crise tão grave. Além disso, temos visto uma cautela excessiva e compreensível dos bancos, o que tem dificultado as operações financeiras.

Todo este cenário nos traz a certeza de que estamos muito próximos de um colapso no segmento, que terá efeitos devastadores, e que vamos levar vários anos para recuperar. O desemprego em massa no polo moveleiro abrangido pelo SIMA, que emprega mais de 23 mil pessoas, está muito próximo. No retorno das férias, não restou outra alternativa para as empresas, senão iniciar as demissões.

Fazemos aqui um apelo para todos os Governadores e Prefeitos do Brasil: “reavaliem, com a cautela técnica necessária, a necessidade de manter o fechamento do comércio, das indústrias, e das estradas“. Nós acreditamos que a mudança de postura que está sendo amplamente discutida neste momento, que defende o isolamento somente daquelas pessoas que fazem parte do grupo de risco, e que é reforçada, inclusive, por alguns médicos e infectologistas, é o mais sensato a se fazer nos próximos dias.

E vamos além, todas as empresas que reabrirem as suas portas deverão estar obrigadas, mediante a edição de novos decretos, a cumprirem integralmente todas as orientações das autoridades de saúde, com penalidades duras, que podem chegar até a suspensão das atividades,

Com diálogo, sensatez, união, e muita fé, venceremos mais este desafio.

SIMA-SINDICATO DAS INDUSTRIAS DE MÓVEIS DE ARAPONGAS E REGIÃO

Fonte: SIMA
Foto: Internet para simples ilustração