Ranking destaca influência da produção das universidades estaduais em nível internacional
Em 2022, entre os 10 mil melhores cientistas brasileiros estão 295 professores das universidades estaduais do Paraná. Os nomes dos 192 mais bem classificados se repetem na lista dos 10 mil melhores cientistas latino-americanos. O ranking é o AD Scientific Index, que classifica pesquisadores e universidades de todo o mundo.
O Índice Científico Alper-Doger (AD Scientific Index), que classifica pesquisadores e universidades de todo o mundo, atualizou os rankings relacionados à América Latina e ao Brasil. Em 2022, entre os 10 mil melhores cientistas brasileiros estão 295 professores das universidades estaduais do Paraná. Os nomes dos 192 mais bem classificados se repetem na lista dos 10 mil melhores cientistas latino-americanos.
Envolvendo 12 áreas distintas, os dois levantamentos se baseiam no desempenho científico e valor agregado da produção acadêmica individual dos pesquisadores, destacando os coeficientes de produtividade total e dos últimos cinco anos. Os resultados são obtidos pelos índices H e i10 (indicadores mundiais de produção científica), além de citações no Google Acadêmico, um dos principais mecanismos digitais públicos de busca da literatura científica.
Na avaliação nacional, entre os cem primeiros cientistas, está o professor Angelo Antônio Agostinho, da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Ele ocupa o 72º lugar, com 26.857 citações no campo das Ciências Biológicas. Entre os cientistas da América Latina (AL), o pesquisador aparece na 144ª colocação.
Em seguida, classificados na categoria Medicina e Saúde, os professores Alessandro Dourado Loguercio e Alessandra Reis Silva Loguercio, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), também asseguram posições de destaque: 74ª e 76ª no Brasil e 146ª e 150ª na AL, respectivamente. Os docentes atuam com dedicação exclusiva nos cursos de graduação e pós-graduação em Odontologia da UEPG, na região dos Campos Gerais.
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Como pesquisadores, Alessandro e Alessandra reúnem centenas de artigos científicos embasados em ensaios clínicos e laboratoriais, publicados nas principais revistas de impacto da área da saúde. O ranking atribui 22.121 citações para ele e 21.518 citações para ela.
No total, o AD Scientific Index avaliou 741.900 pesquisadores de 14.191 instituições de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica, públicas e privadas, em 216 países localizados em 10 regiões do globo. Do Brasil, foram 520 universidades, cujos resultados posicionam o País como o 1º da América Latina e o 19º do mundo, em relação aos melhores cientistas.
INSTITUIÇÕES – As universidades estaduais de Maringá (UEM) e Londrina (UEL) somam um número expressivo de estudiosos classificados: 237 no ranking nacional e 157 na AL. Considerando somente as instituições públicas, os desempenhos desses pesquisadores colocam a UEM e a UEL como 14ª e 15ª melhores universidades públicas do Brasil e 32ª e 33ª da América Latina.
O reitor da UEM, professor Julio Cesar Damasceno, associa o fomento da produção científica ao desenvolvimento econômico e social sustentáveis. “A pesquisa é extremamente importante e estratégica para a produção do conhecimento e qualificação e formação de pessoas. Por isso, as universidades se consolidam como elementos fundamentais para o desenvolvimento econômico, social e sustentável, nos mais diversos territórios e regiões do País”, afirma.
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Na sequência, a UEPG aparece em 63º lugar nacional e 29º latino-americano. As universidades estaduais do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro) e do Norte do Paraná (UENP) completam a relação, figurando nacionalmente nas colocações 63, 76 e 97. Entre as latino-americanas, as instituições ocupam a seguinte ordem: 160ª, 205ª e 263ª.
VISIBILIDADE – Para a assessora de Relações Internacionais da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Marila Annibelli Vellozo, os rankings universitários são importantes para avaliar perspectivas de políticas acadêmicas adotadas pelas instituições. “Entre vários aspectos, as classificações universitárias contribuem para revelar resultados de médio e longo prazo, relacionados a políticas voltadas ao corpo docente e incentivo à produção científica e inovação”, afirma.
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“Os trabalhos acadêmicos de pesquisadores das nossas universidades estaduais sendo usados como referência por outros autores demonstra a importância e o alcance dessa literatura científica, contribuindo diretamente para a disseminação do conhecimento e elevando a qualidade e influência da pesquisa paranaense em nível internacional”, enfatiza Marila.
PARANÁ – Além das instituições estaduais, as listas da AD Scientific Index também apresentam o desempenho de mais 242 pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e Universidade Positivo (UP).
Confira o desempenho dos pesquisadores e das universidades estaduais do Paraná:
Fonte: AEN