Com 150 bolsistas, Fundação Araucária e Renault celebram 10 anos de parceria

O ingresso no programa acontece por meio de editais, que são publicados pela Fundação Araucária elegíveis às universidades. Mais de 150 bolsistas de graduação, mestrado e doutorado participaram do programa desenvolvendo soluções para o futuro da mobilidade, de estudos científicos ao registro de duas patentes.

A Fundação Araucária e a Renault compartilham uma parceria que impulsiona a inovação no setor automotivo, por meio da realização da pesquisa científica, desde 2014. Neste período, mais de 150 bolsistas de graduação, mestrado e doutorado participaram do programa desenvolvendo soluções para o futuro da mobilidade, de estudos científicos ao registro de duas patentes.

O ingresso no programa acontece por meio de editais, que são publicados pela Fundação Araucária elegíveis às universidades. Uma vez selecionados, o trabalho de pesquisa e o desenvolvimento é realizado no Complexo Ayrton Senna, localizado em São José dos Pinhais, onde está baseado o Centro de Engenharia da Renault, com cerca de mil engenheiros, que desenvolvem soluções globais. Participam diretamente do desenvolvimento das pesquisas as equipes Renault, além dos bolsistas e de professores universitários orientadores dos trabalhos acadêmicos.

“Acreditamos que o progresso tecnológico e a colaboração entre indústria e universidade são pilares para um futuro mais sustentável, competitivo e inteligente. Ao investir em educação e inovação, criamos juntos soluções que fortalecem o ecossistema de pesquisa e contribuem para o desenvolvimento de uma sociedade mais preparada para o futuro”, destaca Antonio Fleischmann, vice-presidente de Engenharia Renault para a América Latina.

Para o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, a parceria entre o Governo do Estado, a Renault e as universidades, fortalece todo o desenvolvimento de ciência e tecnologia. “Estamos muito felizes em completarmos dez anos desta parceria que, além de ser muito inovadora, representa um desenvolvimento científico e tecnológico consistente em uma área que é fundamental como é a mobilidade”, afirma.

O programa gera benefícios para todo o ecossistema de inovação e a sociedade em geral. “A parceria entre o Estado e a Renault tem sido fundamental para o desenvolvimento científico e tecnológico, especialmente no setor automotivo, que é considerado um segmento estratégico para a atração de investimentos e para a promoção da inovação em processos de produção, além de impulsionar o avanço de novas tecnologias, como a eletrificação de veículos e a mobilidade inteligente”, completa o diretor de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Marcos Aurelio Pelegrina.

Para os pesquisadores, participar do programa se traduz em uma oportunidade de envolvimento em casos práticos de pesquisa, com potencial de aplicação na indústria automotiva.​ Em 2019, Janaine Rodrigues iniciou no programa como bolsista de graduação do curso de Ciência da Computação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), depois foi selecionada para bolsa de mestrado e, em 2023, foi contratada como líder de engenharia para conectividade veicular no grupo.

“Quando estava na graduação me parecia uma realidade distante trabalhar em uma indústria automotiva como a Renault. Quando fui selecionada e iniciei meu projeto de pesquisa eu entendi sobre conectividade, conheci o universo Renault e me apaixonei”, conta.

Além de ter sido efetivada na montadora, com apenas 32 anos Janaine agora é mentora de um bolsista em nível de mestrado no programa. “Participar deste programa teve fundamental importância para a minha carreira acadêmica e profissional. Eu sou um exemplo de que a parceria entre a universidade, Fundação e a indústria só tem a acrescentar para a ciência. Tanto a empresa é beneficiada com o nosso conhecimento técnico científico como nós também nos desenvolvemos dentro da empresa, além de todo o incentivo da Fundação Araucária e da universidade”, afirma.

Rafael Turchenski, CEO e cofundador da empresa Dijkstra, iniciou sua trajetória profissional como bolsista do programa entre 2015 e 2017. “Foi neste período que eu compreendi sobre os problemas práticos que aconteciam na indústria, como agregar de uma forma acadêmica e prática para a indústria. Foi a semente que germinou e hoje eu tenho uma empresa que justamente busca solucionar o que eu enxerguei nesta época”, explica.

A última chamada pública do Programa de Bolsas Fundação Araucária e Renault, publicada em junho deste ano, teve um investimento de R$ 1.479.600,00, sendo R$ 932.148,00 da Renault do Brasil e R$ 547.452,00 da Fundação Araucária.

Fonte: AEN