Arapongas: Controle de endemias reforça ações de combate e prevenção da dengue
Mesmo apresentando índice de 0,7% – considerado baixo risco – no último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti(LIRAa), a Secretaria Municipal de Saúde, através do Controle de Endemias de Arapongas, chama a atenção dos moradores para ações conjuntas e necessárias para prevenção e combate ao mosquito causador de doenças como a dengue, zica e chikungunya. Conforme dados do período epidemiológico, referente a agosto de 2019 a julho 2020, Arapongas apresenta 100 notificações, sendo que 64 obtiveram resultados negativos para dengue, 35 aguardam resultados, tendo apenas um caso positivo importado, ou seja, a contaminação ocorreu em outra cidade.
Contudo, período de altas temperaturas aliado a chuvas, tende a aumentar a proliferação do mosquito da dengue. Por isso, ações de prevenção e combate devem ser reforçadas. “Esse é um momento favorável para o aumento da presença do mosquito, por isso, mantemos ativamente as vistorias de casa em casa e pontos estratégicos, com busca ativa, orientações e eliminação de focos. Mas é fundamental que cada morador faça diariamente uma inspeção em seus próprios quintais, mantendo a limpeza necessária e também nos ajudando na eliminação de possíveis focos. O combate ao mosquito é um trabalho de toda a comunidade. Precisamos do reforço da população para que Arapongas fique longe de qualquer epidemia, já anunciada em diversas cidades de Paraná”, explica a supervisora geral do Controle de Endemias, Claudinéia Gasparini. Ela orienta que os moradores incluam nas ações preventivas a instalação de telas de proteção em janelas, uso de repelentes, somado à limpeza e eliminação do acúmulo de água parada, que pode acontecer em vasos de plantas, garrafas, pneus, caixas d’água, calhas, reservatório da geladeira, entre outros.
O coordenador do Controle de Endemias, Valdecir Pardini, acrescenta ainda que o período de férias também possibilita o aumento da doença, já que muitas pessoas viajam para outras regiões. “De dezembro até hoje (15/01) tem sido registradas em média 5 a 10 notificações diariamente. Sendo também o período favorável para a rapidez no ciclo de vida do Aedes aegypti – que leva apenas oito dias. Só um mosquito contaminado pode repassar a doença para 300 pessoas. Por isso, não podemos vacilar, devemos manter a limpeza dentro e fora de casa“, afirma.
Pardini esclarece ainda sobre o chamado “ fumacê” – estratégia para controle dos mosquitos, na emissão de fumaça com baixas doses de agrotóxico. “Muitos questionam o fato de que o fumacê não tem sido utilizado ultimamente. Não temos a previsão por parte da Sesa para o envio desses insumos, contudo, nossa principal arma contra o mosquito continua sendo as ações já citadas, com o apoio fundamental da população”, reforça.
Participação da comunidade
Preocupada em manter a família longe da dengue, a dona de casa Aparecida Dutra da Silva, moradora da Vila Araponguinha, segue à risca as orientações do Controle de Endemias. “Meu marido e eu sempre deixamos o quintal limpo. Quando temos alguma garrafa de vidro no quintal, deixamos elas de boca para baixo, trocamos a água e deixamos bem lavado o pote de água dos cachorros. Além disso, temos boa relação com os agentes comunitários de endemias, que fazem as vistorias. Estamos familiarizamos com eles, que sempre estão uniformizados para fácil identificação”, afirma.
Na mesma região, dona Alice Gimenes Castilho também procura sempre deixar a casa e quintal em ordem, dificultando o surgimento de criadouros para o mosquito. “Sempre que noto algum lugar com água parada, procuro rapidamente eliminar. Eu faço em meu quintal e quero também que os demais vizinhos façam o mesmo. Não adianta nada eu manter meu quintal limpo e o vizinho não, e vice e versa”, diz.
Denúncias
Unindo forças e contribuindo com a fiscalização, o Controle de Endemias orienta para as denúncias em relação ao descarte de lixo em terrenos baldios – que culminam em criadouros para o mosquito da dengue. Esses casos e demais situações relacionadas devem ser relatadas através do telefone 3902-1079.
Ainda segundo o setor, só em janeiro deste ano aproximadamente 100 pneus descartados irregularmente foram retirados de circulação, através das denúncias.
Situação no Paraná
O boletim epidemiológico semanal sobre a dengue publicado nesta terça-feira (14) pela Secretaria da Saúde do Paraná(Sesa) registra 6.068 casos confirmados da doença no Estado. São 725 novos casos, com aumento de 13,57%.
O número de municípios em situação de epidemia passou de 15 para 22; sete entraram para a relação: Braganey, Douradina, Paraíso do Norte, Paranavaí, Tamboara, Sertaneja e Guaíra.
Também estão em alerta para epidemia outros 22 municípios; quatro são novos na lista: Alto Paraná, Paranapoema, Planaltina do Paraná e Terra Rica. A Sesa segue com ações estratégicas em todo o Estado.
Saiba mais sobre cuidados, sintomas e tratamentos em: http://www.dengue.pr.gov.br/
FONTE: Sesa