‘Não há hesitação possível; vou apoiar Lula no 1º turno’, diz ex-chanceler Aloysio Nunes, do PSDB

‘Só há duas vias abertas hoje, a via da manutenção do Bolsonaro ou a derrota dele. E quem tem condição de derrotá-lo é o Lula’, diz o ex-ministro, que já ocupou vários cargos no Executivo e no Legislativo pelo PSDB.

O ex-ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes (PSDB) declarou nesta sexta-feira (13) que votará no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno no dia 2 de outubro deste ano. E explica: não se trata de uma rejeição à provável aposta de seu partido, o ex-governador João Doria, e sim de uma escolha “entre a civilização e a barbárie”.

“Só há duas vias abertas hoje, a via da manutenção do Bolsonaro ou a derrota dele. E quem tem condição de derrotá-lo é o Lula”, diz o ex-ministro, que já ocupou vários cargos no Executivo e no Legislativo pelo PSDB paulista.

O apoio de Nunes ao pré-candidato do PT foi revelado em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”.

Sobre a pré-candidatura de João Doria, Nunes explicou que o ex-governador de São Paulo “não tem apoio consistente dentro do próprio PSDB”. “Existe uma rejeição muito forte a ele, que acho até injusta do ponto de vista administrativo, porque ele fez um bom governo, e político, pois Doria foi um dos pouquíssimos tucanos que enfrentaram, de fato, Bolsonaro”, afirmou.

Terceira via

 

O fator determinante para o apoio de Nunes a Lula já no primeiro foi o fato de nenhum nome da chamada terceira via ter se mostrado competitivo até o momento. “É a quarta vez que o Ciro Gomes vai se candidatar. Ele não tem mais coelho da cartola para tirar. Os dois polos já estão dados”, disse o ex-chanceler.

De acordo com Nunes, também pesou para a declaração de apoio ao pré-candidato do partido que, historicamente, foi rival do PSDB, o fato de, na avaliação dele, o Brasil “não aguentar um segundo mandato de Jair Bolsonaro”.

“Eu estou me colocando diante de uma situação nacional dramática. Com mais quatro anos de Bolsonaro, o Brasil chafurda numa situação de corrosão democrática. Estamos diante da escolha entre a civilização e a barbárie.”

Fonte: G1