Projeto da UEL de atenção à saúde bucal de crianças e adolescentes completa 30 anos
É o mais antigo projeto de extensão da instituição e também um dos mais representativos do papel da universidade na comunidade. Iniciativa leva ações de prevenção de doenças bucais a CMEIs e escolas municipais e chega a 17 mil pessoas atendidas por mês.
A Universidade Estadual de Londrina (UEL) comemora nesta quinta-feira, 1° de junho, 30 anos do projeto de extensão “Promoção em Saúde Bucal Para Escolares e Comunidades”, o mais antigo e um dos mais representativos do papel da instituição na comunidade. Realizado pela Clínica Odontológica Universitária (COU), o projeto completou no ano passado três décadas de atendimento a crianças e adolescentes, mas as comemorações ficaram para este ano e contarão com a presença dos pioneiros dessa trajetória.
O projeto atua em prevenção a doenças bucais, como a cárie, periodontite e gengivite, com palestras, ações de escovação supervisionada e distribuição de kits de higiene bucal com escovas, fio e creme dental a crianças de Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) e alunos de escolas da Rede Municipal de Londrina. Atualmente, é coordenado pela professora Maura Sassahara Higashi e conta com a participação de 83 alunos do curso de graduação em Odontologia.
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São quase 17 mil pessoas atendidas todos os meses. Para se chegar a essa marca, muito esforço, dedicação e organização foram necessários desde a sua criação, em 1992, após tratativas entre a 17ª Regional de Saúde e a diretoria da COU.
Quem conta essa história é Lirian Adriana Maria Pereira da Silva, única servidora ainda em atividade na COU que fez parte do primeiro time de técnicas em Saúde Bucal contratado para tocar a iniciativa. “O projeto surgiu justamente da necessidade de realizar a prevenção, porque começamos a fazer levantamentos e vimos que Londrina estava descoberta”, lembra.
“Na época, a 17ª Regional de Saúde começou a cobrar ações da universidade em termos de prevenção. Foi quando o professor Pedro Carlos Ferreira Tonani, já falecido, pediu o concurso para a contratação de cinco profissionais técnicos. Era uma necessidade muito grande porque havia muitas crianças com dentes cariados, precisava dessa ação de prevenção nas escolas”, conta.
Uma das lembranças dessa época é do automóvel utilizado para o transporte das servidoras – um Fusca. Com o passar dos anos, lembra a servidora, tanto o projeto como o seu meio de transporte foram evoluindo, aumentando a capacidade de atendimento na cidade de Londrina. “Vimos que o projeto nunca sofreu interrupções, sempre teve todas as exigências atendidas. Primeiro foi um fusquinha, depois passamos para uma Kombi e, hoje, temos uma van. É uma história muito legal mesmo, merece ser comemorada”, lembra a servidora.
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ATENDIMENTOS – A maior parte das atividades, conta a coordenadora, é desenvolvida junto a estudantes de 27 CMEIs e 28 escolas municipais. Além destas unidades, outras 11 instituições da cidade que atuam com a Educação Especial e assistência social também recebem os graduandos da UEL para o trabalho, que envolve, também, os pais ou responsáveis e a equipe pedagógica. “O nosso público é bem amplo. Realizamos o projeto de forma periódica durante todo o ano letivo e as atividades acontecem dentro da própria escola”, explica a professora Maura.
Buscando cativar a atenção das crianças, os estudantes da Odontologia apostam em uma fórmula que dá certo, passando pela contação de histórias, apresentações de teatro e música, brincadeiras, jogos e gincanas. “Os nossos alunos trabalham com livros que são interativos e didáticos. Também trabalhamos com macro modelos e exibição de vídeos. Ao final, a criança sempre vai para a escovação supervisionada, seja coletiva ou individual”, conta.
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EVENTOS – A presença do projeto na comunidade se dá, ainda, por meio da participação dos alunos em eventos promovidos pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e, recentemente, em ações da Prefeitura de Rolândia.
“As pessoas têm a ilusão de que uma grande quantidade de pasta de dente vai melhorar, já que tem flúor, mas não é assim. Ensinamos as crianças que é preciso colocar um pouquinho de pasta e que o importante é o movimento, é a técnica da escovação. A pasta é importante porque tem o flúor, que faz bem para os dentes, mas não é somente isso que garante a escovação”, reforça Maura.
UNIVERSITÁRIOS – Em meio ao convívio com a população inserida em múltiplos contextos sociais, a participação nas atividades extensionistas é fundamental também para os estudantes de graduação, já que a atividade é capaz de enriquecer e marcar de forma positiva este momento da vida acadêmica, avalia a coordenadora. Neste sentido, ela ressalta que os graduandos da UEL acabam desenvolvendo habilidades fundamentais, como a liderança e empatia, além do compromisso com iniciativas de impacto social.
Fonte: AEN