
Projeto de Reanimação Cardiorrespiratória Ensina Técnicas de Salvamento a Estudantes de Arapongas
Iniciativa da Prefeitura visa preparar alunos para salvar vidas em situações de emergência, com a colaboração de profissionais da saúde e universidades.
A Prefeitura de Arapongas, por meio da Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, implementou um projeto nas Escolas Municipais para ensinar aos alunos a técnica de ressuscitação cardiopulmonar (RCP), fundamental para salvar vidas em situações de emergência. A iniciativa busca ampliar os conhecimentos dos estudantes, proporcionando habilidades essenciais que podem ser aplicadas em momentos críticos. A equipe responsável pela formação dos alunos é composta pelo Dr. Lucas de Oliveira Sassi, coordenador médico das Unidades Básicas de Saúde e doutorando da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), além de estudantes de Medicina da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Unicesumar.
“Ensinamos sobre a importância da ressuscitação cardiopulmonar precoce realizada por leigos e como isso pode ser importante para salvar uma vida”, afirma o Dr. Lucas Sassi, ressaltando a relevância do treinamento para todos os cidadãos, não apenas para profissionais da saúde. O projeto, que também faz parte de um estudo de Doutorado na UNIFESP, visa aprimorar o conhecimento sobre a RCP, com a intenção de divulgar os resultados em dois importantes eventos internacionais: a revista Circulation, referência mundial em cardiologia, e o Congresso Mundial de Ressuscitação Cardiopulmonar, que acontecerá em 2025 em Rotterdam, na Holanda.
O secretário municipal de Educação, Padre Lino, destacou a importância da iniciativa, que fortalece o sistema educacional da cidade e contribui para o desenvolvimento de habilidades práticas. “Já é uma metodologia de ensino aplicada em escolas fora do país e vem para enriquecer. Um projeto educativo e sanitário que demonstra que a educação vai muito além da sala de aula”, afirmou o secretário. O treinamento oferecido aos alunos envolve práticas simuladas e avaliações contínuas, preparando-os para situações de emergência com maior confiança e competência.
Após a introdução teórica, os alunos participam de uma simulação prática, onde são avaliados por um período de oito minutos – o tempo médio que os serviços médicos de emergência levam para chegar ao local de um incidente. Durante esse tempo, os alunos realizam a RCP em um tronco de compressão com dispositivo de feedback, que avalia a qualidade da ressuscitação. A equipe instrui e corrige os erros dos alunos, garantindo que cada um aprenda as técnicas de forma eficaz.
Além da RCP, o treinamento inclui o uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA), uma ferramenta fundamental em emergências cardíacas. Os alunos são avaliados na manipulação do aparelho de simulação e recebem um certificado de treinamento da Associação Médica Brasileira. O Dr. Sassi destacou que o objetivo do projeto é também determinar a idade mínima para o ensino da RCP nas escolas, com planos de expandir o treinamento para crianças no futuro.
A iniciativa tem sido bem recebida pela comunidade escolar, com relatos de pais e professores sobre a importância de preparar os jovens para situações de vida ou morte. Com a crescente conscientização sobre os benefícios da educação em primeiros socorros, o projeto de Arapongas pode servir como modelo para outras cidades no Brasil e no mundo.
Fonte: PMA