Allana Brittes: STJ concede liberdade
A 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu por unanimidade, na tarde desta terça-feira (6), pela liberdade de Allana Brittes, filha de Edison Brittes, assassino confesso do jogador Daniel Corrêa Freitas, de 24 anos. Allana foi presa no dia 1º de novembro. Ela responde por corrupção de menores, coação de testemunhas e fraude processual.
Os cinco ministros votaram por conceder o pedido de habeas corpus, impetrado pela defesa da jovem. No entanto, Allana terá que seguir algumas determinações como não se ausentar da comarca onde reside, comparecer periodicamente em juízo, não manter contato com os réus do processo e nem frequentar alguns locais que serão estipulados pela juíza responsável pelo caso.
Os advogados alegaram no pedido que Allana Brittes não representa risco para as investigações, sobretudo porque as testemunhas já foram ouvidas, não tendo nenhuma delas apontado qualquer ato de Allana no que diz respeito ao crime, o que permitiria a substituição da prisão preventiva por outras medidas cautelares.
Por meio de nota, a defesa de Allana informa que a concessão da liberdade da jovem é recebida com serenidade e que os advogados sempre acreditaram na justiça. Para eles, “o reconhecimento deste constrangimento ilegal é o primeiro passo para começar a desfazer os factoides criados no caso”. A defesa também ressalta que “aos poucos tudo será esclarecido, sem generalizações”.
Nos dias 13, 14 e 15 de agosto acontecem os interrogatórios dos sete réus no processo que apura a morte do jogador. Além de Allana Brittes, serão ouvidos Edison Brittes Júnior, pai de Allana e autor confesso do assassinato do jogador, Cristiana Brittes, mãe de Allana, David Vollero Silva, Ygor King, Eduardo Henrique da Silva e Evellyn Perusso.
Daniel foi assassinado no dia 27 de outubro do ano passado, após participar de uma festa de aniversário de Allana Brittes, em uma casa noturna de Curitiba.
Após a festa, os convidados seguiram para a casa de Edison Brittes, onde as agressões contra o jogador começaram. Depois, Daniel foi levado para um matagal na Colônia Mergulhão, zona rural de São José dos Pinhais, onde foi assassinado.
Após o interrogatório dos réus, a juíza decidirá se eles vão ou não a júri popular.
Fonte: CBN Curitiba
Repórter Francielly Azevedo com colaboração de William Bittar