Justiça nega habeas corpus de Allana Brittes e defesa avalia “medida cabível”
Os desembargadores da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná negaram um pedido de habeas corpus da defesa de Allana Brittes, filha de Cristiana e Edison Brittes, acusada de participação na morte do jogador Daniel Corrêa Freitas, em outubro do ano passado.
Nesta quinta-feira (28), o relator do caso votou pela soltura da jovem, mas outros dois desembargadores decidiram pela continuidade da prisão.
Allana e a mãe estão presas na ala feminina da Penitenciária Estadual de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. A filha do casal responde por coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de adolescente.
Ao todo, sete pessoas são rés no processo que investiga a morte do jogador. Além de Allana e Cristiana, Edison Brittes, autor confesso do assassinato do jogador, Eduardo Henrique da Silva, David Vollero Silva e Ygor King, estão presos na Casa de Custódia de Pinhais. Por fim, Evellyn Brisola Perusso, é a única que responde em liberdade.
Ela é acusada de denunciação caluniosa, fraude processual, corrupção de menor e falso testemunho.
Nos dias 18, 19 e 20 de fevereiro aconteceram os primeiros dias de audiência de instrução do caso e foram ouvidas as testemunhas de acusação.
A juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, responsável pelo processo, determinou que nos dias 01, 02, 03 e 05 de abril serão ouvidas as testemunhas de defesa.
Somente depois disso é que os réus serão ouvidos e a juíza vai decidir se eles vão, ou não, a júri popular.
Em nota, defesa da família Brittes disse que entende que o voto do relator pela soltura de Allana Brittes deveria ter prevalecido, mas que, de qualquer modo, continua confiando na Justiça e vai avaliar uma medida cabível.
O crime
Daniel Corrêa Freitas era jogador de futebol e atuava no São Bento de Sorocaba. Ele foi encontrado morto na manhã do dia 28 de outubro em um matagal, na Colônia Mergulhão, zona rural de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
Ele participou da festa de 18 anos de Allana Brittes em uma casa noturna de Curitiba e depois seguiu para a casa de Edison Brittes, onde as agressões contra ele começaram.
Repórter William Bittar
Fonte: CBN-Curitiba