Polícia Civil deflagra diversas ações relacionadas à pandemia da Covid-19
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) tem deflagrado diversas ações de prevenção ao coronavírus e de combate a crimes relacionados com a pandemia, desde que as medidas restritivas foram anunciadas no Estado, no dia 16 de março. As atividades policiais evitaram eventos com aglomeração de pessoas, resultaram em prisões e apreensões de produtos adulterados.
Na Capital, PCPR e a Guarda Municipal evitaram que um evento público acontecesse no Largo da Ordem. Com o objetivo de “propagar o vírus”, o evento estava sendo convocado pela internet por um jovem de 24 anos. No dia 18 de março ele foi identificado e chamado para prestar esclarecimento. Ele foi autuado por infringir a lei destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa.
NO AR – A PCPR disponibiliza, desde o dia 19 de março, três helicópteros para atuação em emergências relacionadas ao novo coronavírus. As aeronaves continuam sendo empregadas em operações de polícia judiciária, porém têm prestado auxílio buscando material orgânico de pacientes com suspeita de covid-19 no interior do Estado, trazendo para análise no Laboratório Central do Paraná (Lacen).
TECNOLOGIA – A PCPR lançou uma página em seu portal com informações acerca de sua atuação durante o período de pandemia do novo coronavírus. A página pode ser acessada no endereço www.policiacivil.pr.gov.br/coronavirus. Nessa mesma página é possível acessar diretamente todos os serviços online, como o registro de boletins de ocorrências.
FISCALIZAÇÕES – O trabalho também engloba a fiscalização de estabelecimentos comerciais para averiguar denúncias de sobrepreço e adulteração de produtos na Capital e no interior
Em Maringá, uma mulher foi presa por crimes contra a saúde pública, contra a ordem econômica, tributária e relações de consumo. A suspeita foi autuada por manipular álcool em gel e máscaras de forma irregular e posteriormente revendê-los no varejo.
Em Ponta Grossa, na região central do Estado, 77 frascos de álcool em gel foram apreendidos em uma loja de shopping por estarem sendo comercializados de forma irregular. A ação aconteceu no dia 19 de março. De acordo com a investigação, o álcool em gel era retirado de galões de cinco litros e fracionados nos recipientes menores, irregularmente. O proprietário da loja foi autuado por crime contra o consumidor, com agravante pelo cometimento do delito em período de calamidade pública, e por crime contra saúde pública.
Na Capital e na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), a PCPR prendeu quatro homens e uma mulher, suspeitos de fabricar e vender irregularmente substância que diziam ser álcool em gel, no dia 24 de março. Embalagens contendo o produto traziam informações de terceiros – empresa e responsável técnico – que denunciaram o caso. Cerca de 50 frascos do produto foram apreendidos na ação.
Em Almirante Tamandaré, também na RMC, policiais civis orientaram os proprietários de farmácias e demais estabelecimentos sobre a precificação e revenda de álcool em gel, luvas e máscaras. Os produtos devem ser vendidos a preço justo para que toda população tenha acesso.
Uma mulher de 31 anos, suspeita de adulterar e vender álcool em gel falsificado, foi presa em flagrante em Araucária, na RMC, no dia 24 de março. Cerca de 80 galões da substância adulterada foram apreendidos na ação. A mulher não soube informar a procedência da mercadoria, além disso, confessou não ter autorização para manter a substância inflamável em casa. Ela foi autuada por manter e armazenar substância inflamável em casa sem autorização da Vigilância Sanitária, além de falsificar, corromper, adulterar ou alterar produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais.
PREVENÇÃO – Como força de prevenção, a PCPR também vem atuando no alerta a golpes criminosos, que podem ocorrer tanto pela internet quanto pessoalmente. Uma das formas de estelionato ocorre através de um aplicativo fraudulento de celular, que pode resultar em cibercrimes. O nome do aplicativo é Covid-19 Tracker e promete acompanhar a evolução do vírus. Entretanto, após a instalação ele bloqueia o aparelho e exige um resgate de aproximadamente U$ 100 em moeda Bitcoin.
Pessoalmente, os criminosos podem agir passando-se por funcionários da área da saúde em visitas domiciliares. Em caso de perguntas sobre idosos residentes na casa e o levantando dados como de registro geral (RG) e cadastro de pessoa física (CPF), nada deve ser fornecido.
O “golpe do whats”, modalidade de estelionato em que o criminoso obtém o código PIN de segurança da vítima para poder acessar o seu Whatsapp, pode voltar a ocorrer com a pandemia. Como já vem ocorrendo na internet, em que os golpistas se utilizam de marcas de varejo para lançar “ofertas” de produtos e descontos, os criminosos podem telefonar e pedir o código PIN para a vítima na tentativa de “transferir” a oferta para ela. Após o criminoso ter acesso à conta de Whatsapp, geralmente os contatos da vítima passam a ser assediados para que transfiram dinheiro para a conta do criminoso.
Fonte: PCPR