Toque de recolher no Paraná deve ser prorrogado por mais dez dias, diz Beto Preto

O toque de recolher no Paraná deve ser prorrogado nesta segunda-feira (28) por mais dez dias, segundo o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

De acordo com o secretário, a medida, que proíbe a circulação de pessoas das 23h às 5h, ajudou a diminuir o número de internações por acidentes em cerca de 40%.

“O toque de recolher tem sido efetivo. Com esses dados nas mãos e também com os aspectos epidemiológicos, com a curva de casos, possivelmente vamos, sim, ampliar por mais dez dias o decreto”, afirmou Beto Preto.

O secretário não informou, no entanto, se vai haver alguma alteração nos horários de restrição ou outras medidas que podem ser incluídas ou retiradas do decreto.

Desde o início da pandemia, 7.621 pessoas morreram vítimas da Covid-19 e outras 398.806 foram infectadas no Paraná, segundo o boletim da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).

O toque de recolher entrou em vigência no estado em 2 de dezembro e foi prorrogado por dez dias no dia 17.

Segundo o decreto, a restrição não se aplica aos serviços considerados essenciais.

O secretário ainda reforçou que as orientações para que as pessoas comemorem a virada de ano com os núcleos familiares, sem aglomerações.

Leitos hospitalares

De acordo com o secretário, um exemplo da eficácia da medida é a queda na fila de pessoas com Covid-19 ou suspeita da doença que aguardam por uma vaga nos hospitais na região de Curitiba.

Segundo Beto Preto, no começo do mês, cerca de 160 pessoas aguardavam pela internação, e agora são cerca de 30 pessoas.

De acordo com a secretaria, 2.239 pessoas estão internadas com suspeita ou confirmação da Covid-19 em todo o Paraná, sendo a maioria em leitos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Dessas, 1.172 ocupam leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Nos leitos adultos do SUS, a ocupação é de 85%.

Vacinação

O secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, reforçou que o estado pretende seguir o Plano Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, para a vacinação contra a Covid-19.

Com base nisso, ele afirmou que as primeiras doses de vacinas devem ser aplicadas nos profissionais de saúde da linha de frente do tratamento de pacientes com coronavírus no final de janeiro.

“A vacina que vai ser usada no Paraná inicialmente está garantida a partir do lote de estoque do Ministério da Saúde para o final do mês de janeiro, independente da nacionalidade e laboratório que tenha produzido”, disse.

De acordo com Beto Preto, os R$ 200 milhões reservados no orçamento para o imunizante serão usados se a estratégia nacional falhar.

“Mas desde o inicio eu informei que seria necessário que todos nos pudéssemos fortalecer o programa nacional de imunizações”, disse Preto.

O secretário afirmou que o estado tem estrutura para condicionar e aplicar as vacinas da Pfizer na fase inicial da imunização. Estes imunizantes precisam ser mantidos a -70ºC.

Sobre a vacina Sputnik V, que o governo paranaense tem um acordo com o laboratório russo para importação da tecnologia de produção, o secretário disse que o pedido para início dos testes da vacina na Anvisa ainda não foi completado pelo laboratório.

“É importante frisar que para que qualquer tipo de vacina seja ofertada, nós temos que ter fidedignidade dos dados. Nós temos que ter confiança que essa eficácia vá acontecer, por isso a necessidade da Anvisa chancelar estes estudos”, afirmou.

Fonte: G1